Características da rede
Tecnologia e dados técnicos relevantes
A rede SIRESP é baseada na tecnologia TETRA (Terrestrial Trunked Radio), comum à totalidade dos países europeus, que corresponde simultaneamente ao estado da arte e ao padrão europeu em vigor, desenvolvido pelo ETSI (European Telecommunications Standards Institute - www.etsi.org.
A utilização da rede SIRESP apresenta como vantagem determinante a de, através de uma única infraestrutura, possibilitar a todas as entidades utilizadoras beneficiarem de uma tecnologia avançada e testada, caracterizada pelos mais elevados níveis de eficiência e segurança, evitando o inconveniente operacional da multiplicação de sistemas e plataformas verificado antes da sua entrada em funcionamento.
A SIRESP permite, através da definição de grupos de conversação, que cada entidade o utilize como a sua rede privativa, independente das restantes, mas também, em caso de necessidade de coordenação, que todos os grupos que concorram para a resolução de uma determinada situação de emergência sejam facilmente colocados em conversação, de acordo com regras pré-definidas ou a serem estabelecidas em cenários não previstos.
A Implementação da rede SIRESP
A implementação da rede SIRESP decorreu de forma faseada, estando integralmente instalada, em todo o território nacional à exceção do Metro do Porto. Este projeto cumpriu, quer em prazos quer em custos, com o estipulado no Contrato de Concessão Base e de posteriores Aditamentos.
A rede SIRESP é constituída por 550 Estações de base, inclui ainda seis comutadores de tráfego, 53 salas de despacho e 9 estações móveis, permitindo assim a comunicação em todo o território bem como a interoperabilidade entre os vários utilizadores quando tal se mostre necessário.
Em 2018, para tornar mais robusto o funcionamento do Sistema e melhorar a sua resiliência em situações de emergência, foi implementada na rede SIRESP a redundância de transmissão entre os comutadores e as estações e o reforço de autonomia de energia elétrica nas estações de base.
A redundância de transmissão baseia-se em ligações alternativas das estações de base via satélite e o reforço de autonomia energética é concretizado pela utilização de geradores distribuídos geograficamente e deslocados para as estações de base em caso de falha de energia. Estas melhorias traduzem-se assim numa melhoria significativa do funcionamento e robustez da rede em situações extremas.